Venenos de Deus, Remédios do Diabo, de Mia Couto
O jovem médico português Sidónio Rosa, perdido de amores pela mulata moçambicana Deolinda, que conheceu em Lisboa num congresso médico, deslocou-se como cooperante para Moçambique em busca da sua amada. Em Vila Cacimba, onde encontra os pais dela, espera pacientemente que ela regresse do estágio que está a frequentar algures. Mas regressará ela algum dia?Entretanto vão-se-lhe revelando, por entre a névoa que a cobre, os segredos e mistérios, as histórias não contadas de Vila Cacimba — a família dos Sozinhos, Munda e Bartolomeu, o velho marinheiro, o administrador, Suacelência e sua Esposinha, a misteriosa mensageira do vestido cinzento espalhando as flores do esquecimento.
"Venenos de Deus, Remédios do Diabo" é descrito como "uma obra que parece ser uma história de amor, mas que se transforma em mais um dos belos quadros de Mia Couto sobre a realidade moçambicana".
Mia Couto nasceu na Beira, Moçambique, em 1955. Foi jornalista, é professor, biólogo e escritor, estando traduzido em diversas línguas. Entre os vários prémios e distinções que já recebeu, destacam-se o Prémio Vergílio Ferreira 1999 pelo conjunto da sua obra e o Prémio União Latina de Literaturas Românicas 2007. Em 2007, Mia foi distinguido com o V Prémio Passo Fundo Zaffari & Bourbon de Literatura pelo seu romance "O Outro Pé da Sereia". O seu romance "Terra Sonâmbula" foi nomeado, por um júri criado para o efeito pela Feira Internacional do Livro do Zimbabwe, como um dos 12 melhores livros africanos do século XX. Mia Couto é, desde há 10 anos, sócio-correspondente da Academia Brasileira das Letras, onde sucedeu a David Mourão-Ferreira.
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