sábado, 13 de setembro de 2008

Insólito


Em Espanha, Juiz multado em 7.500 euros por abuso de autoridade e mau-hálito

A pena foi aplicada pelo mesmo Conselho Geral do Poder Judicial que esta semana multou em 1.500 euros o juiz que deixou em liberdade o alegado assassino da menina Mari Luz.

As mais recentes decisões do CGPJ - Conselho Geral do Poder Judicial estão a levantar polémica em Espanha. Depois da multa leve para uma "falta grave" do juiz Rafael Tirado - envolvido no caso Mari Luz -, a Comissão Disciplinar aplicou agora uma sanção de 7.500 euros ao titular do Tribunal de Talavera de la Reina (Toledo).
Desta vez, o CGPJ considerou muito mais grave o comportamento de Ángel Luís del Olmo, acusado por funcionários judiciais de abuso de autoridade e halitose (entendida como uma desconsideração para com os subordinados).
Dois pesos, duas medidas?
No primeiro caso, a Comissão Disciplinar parece ter entendido não ter sido assim tão grave o atraso na execução de uma das 600 sentenças sob a responsabilidade do juiz Rafael Tirado, ainda que essa falta tenha permitido deixar em liberdade o único suspeito da morte da menina Mari Luz.
Para o CGPJ, e a julgar pelo montante das penas aplicadas, muito pior parece ser o caso do magistrado Ángel del Olmo. De acordo com sentença da Comissão Disciplinar, a situação do Tribunal de Talavera era de "colapso devido ao comportamento do juiz". Vários funcionários meteram baixas médicas por depressão e os confrontos entre o titular e os queixosos eram frequentes.
O magistrado é acusado, ainda, de multar "injustificadamente" o secretário do Tribunal.
Tal como Rafael Tirado, o juiz Ángel Luís del Olmo nega ter cometido as infracções apontadas pela Comissão Disciplinar. E também vai recorrer da decisão do CGPJ. O magistrado de Toledo considera a sanção "totalmente desproporcionada" e alega que as provas contra si não são claras.
Ángel del Olmo recusa comparações com Tirado. "Não sou um juiz negligente. Eu trabalho, dou as minhas sentenças no prazo". Diz, também, que se apresenta no Tribunal da melhor maneira possível (minimizando as acusações de falta de higiene). E nega que tenha pronunciado frases como "a lei sou eu" e "aqui faz-se o que eu ordeno".
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sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Taxas de mortalidade infantil a diminuir

Em 2007 morreram 9,2 milhões de crianças no Mundo
O número de mortes de crianças com menos de cinco anos em todo o Mundo em 2007 ascendeu a 9,2 milhões, revela a UNICEF. Estimativas que revelam que as taxas de mortalidade continuam a diminuir mas que há ainda muito por fazer, alerta o organismo das Nações Unidas para a infância.

“Desde 1960, a taxa global de mortalidade de crianças menores de cinco anos baixou mais de 60%, e os novos dados mostram que a tendência decrescente continua a verificar-se", afirmou a Directora Executiva da UNICEF, Ann M. Veneman.
Em 2006, a mortalidade infantil passou pela primeira vez a barreira dos 10 milhões, contra as 13 milhões de mortes registadas em 1990. No total do planeta, a mortalidade diminuiu em 27% entre 1990 (93 mortes por cada 1000 nados-vivos) e 2007 (68 mortes por cada 1000 nados-vivos). Valores encorajadores mas que são ainda insuficientes para atingir os objectivos fixados pelas Nações Unidas até 2015. “Apesar dos progressos conseguidos, há ainda muito trabalho pela frente”, sublinhou Ann M. Veneman. Grande disparidade entre países ricos e pobres Em 1978, a conferência internacional de Alma-Ata definiu como prioridade acções urgentes no sentido de proteger e promover a saúde dos povos de todo o Mundo. Trinta anos depois, os números das mortalidade infantil mostram ainda uma enorme disparidade entre países ricos e países em desenvolvimento. Com 169 mortes em cada 1000 nascimentos, a África ocidental e central é a região do globo com a maior taxa de mortalidade infantil. Nos países industrializados, há seis mortes por cada 1000 nados-vivos. Progressos significativos“De destacar os progressos feitos por alguns países como a República Popular Democrática do Laos, o Bangladesh, a Bolívia e o Nepal, que conseguiram uma diminuição das suas taxas de mortalidade de menores de cinco anos superior a 50% desde 1990, estando no bom caminho para atingir o ODM de redução de dois terços da mortalidade de menores de cinco anos entre 1990 e 2015”, revela o relatório da UNICEF. “Em algumas zonas de África registaram-se também progressos significativos, nomeadamente na Eritreia onde a taxa de mortalidade de menores de cinco [anos] baixou 52% entre 1990 e 2007. No Malawi, Moçambique, Níger e Etiópia a descida da taxa no mesmo período de tempo foi superior a 40%”.

Inédito...


TAP declara guerra às 'low cost'


Um dia depois da irlandesa Ryanair ter anunciado voos a €1, a TAP responde com bilhetes a €64. Luiz Mór, administrador da companhia portuguesa, garante: "Trata-se de um produto completamente diferente".

A TAP anunciou hoje aquela que diz ser "a maior promoção de viagens a baixo custo jamais realizada em Portugal", colocando no mercado 300 mil bilhetes a €64, válidos em viagens para qualquer destino na Europa para onde a companhia efectue voos directos: 35 destinos a partir de Lisboa; 13 cidades desde o Porto; e três destinos com arranque do Funchal (aqui, ao preço de 71 euros, pela diferença de taxa de aeroporto).
"No regresso, o preço do bilhete poderá variar entre 60 e 70 euros, em função das taxas do aeroporto de saída", esclarece Luiz Mór, administrador da TAP com o pelouro da área comercial.
Estes bilhetes "TAP Discount" estarão à venda entre 15 de Setembro e 31 de Outubro, para viagens a realizar a partir de 1 de Outubro de 2008 e até 31 de Maio de 2009.
Com esta campanha, a transportadora aérea nacional pretende reduzir a sazonalidade da ocupação - aumentando, de 65 para 68% a taxa de ocupação ("load factor") dos seus aviões -, reforçar a fidelização dos clientes pela diversificação do produto e melhorar as receitas em 12 milhões de euros, contribuindo para reduzir o impacto da crise dos combustíveis.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Acelerador começou hoje a funcionar

LHC, a maior máquina da Terra

Descobrir como foram os primeiros instantes do Universo, após a explosão do 'Big Bang': eis o que milhares de cientistas buscam.

Implantada entre a França e a Suíça, junto ao aeroporto de Genebra, a maior máquina da Terra mostra como a Ciência está cheia de contradições: para observar a matéria à escala do infinitamente pequeno é preciso construir instrumentos gigantes. Mas vale mesmo a pena este esforço desmesurado do CERN (Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear), que tem mobilizado milhares de cientistas? E que já custou mais de 4 mil milhõesde euros? Será que vai valer a pena? Que consequencias terá no futuro?

sábado, 6 de setembro de 2008

Red bull air Race


Red bull air Race Porto 2008

Decorre hoje nas margens do Rio Douro as qualificaçãoes e amanhã a grande corrida. Espera-se um número recorde de espectadores para verem a Fórmula 1 Aérea.

Depois da vitória de Steve Jones, que em Portugal conseguiu o seu primeiro triunfo da época passada veremos qual dos 12 pilotos que corre o campeonato, com um total de nove provas, brilhará no céu português.

Recorde-se que durante a corrida os pilotos chegam a voar a velocidades de 400km/h, enfrentando forças de mais de 10G, enquanto cumprem um percurso de slalom, a baixa altitude, entre vários pórticos insufláveis.

Qualificação para Mundial 2010

Malta-Portugal


Hoje começa a qualificação para o Mundial de 2010 que decorrá na Africa do Sul.
Para a hora do encontro, 20h00 em Malta (19h00 em Lisboa), é esperada uma temperatura a rondar os 30 graus e uma humidade de 76%, a que os jogadores portugueses não estão habituados. Outro dos factores que poderá dificultar a tarefa da selecção lusa é o estado do relvado do Estádio Nacional, em Ta’Qali, Malta, que se apresenta alto, seco e com algumas falhas.
O encontro de Malta também marcará a estreia oficial do novo seleccionador nacional, Carlos Queiroz, depois da goleada no particular com as Ilhas Faroé (5-0). Em relação ao encontro com as Ilhas Faroé, Carlos Queiroz já adiantou que 70 a 80% dos jogadores deverão manter a titularidade, pelo que serão de esperar três a quatro alterações no “onze”. Quim deve ter assegurada a titularidade na baliza, tal como Bosingwa, Pepe e Ricardo Carvalho, podendo o experiente Paulo Ferreira entrar para o lugar de Antunes. No meio-campo, o regressado Maniche deverá ser titular, tal como Deco, com Raul Meireles, Carlos Martins e Pedro Mendes a discutirem o outro lugar no “onze”. O ataque deverá ser entregue a Simão, Nani e Nuno Gomes, que substituirá Hugo Almeida. A partida que marca o arranque do Grupo 1 da fase de qualificação será arbitrada pelo holandês Bernie Raymond Blom

Jogos Paralímpicos 2008


Hoje começa os Jogos Paralimpicos 2008.

São 35 atletas portugueses que vão competir em Pequim, 13 vão estrear-se no maior evento do desporto paralímpico do mundo. Portugal vai competir em sete modalidades das 20 presentes em Pequim - atletismo, boccia, ciclismo, equitação, natação, remo e vela.

Em Atenas conquistaram 12 medalhas para Portugal, mas partem para Pequim, sem prometer medalhas mas sim muito empenho.

É a oitava participação portuguesa nos Jogos Paralímpicos desde 1972. Os atletas prometem vontade de vencer.




segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Livro da semana

Jogo de Mãos _ Nora Roberts


Uma história cheia de glamour e suspense sobre o amor, chantagem e magia. Max Nouvelle é o patriarca de uma ilustre família de ilusionistas e ladrões de jóias, constituída por Lily – a sua companheira; Roxanne – a sua filha, tão linda quanto casmurra; e Luke – um rapaz que Max recolheu das ruas e que entretanto se transformou num homem muito interessante. No palco fazem números elaborados e, fora dele, assaltos ainda mais refinados. Durante muitos anos Roxanne e Luke deram-se como cão e gato mas agora, já adultos, descobrem que há entre eles algo que não esperavam. Mas é então que Luke, receoso que o seu passado manche a sua família adoptiva, é vítima de alguém que quer vingar-se dos Nouvelle. E vão ser precisos alguns anos em fuga antes que ele volte e, juntamente com Roxanne, dê o golpe mais audacioso das suas vidas.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Nélson Évora vence Medalha de Ouro

Nélson Évora conquista quarta medalha de ouro portuguesa

Nelson Évora conquistou, esta quinta-feira, a quarta medalha de ouro portuguesa na história dos Jogos Olímpicos, a 22ª no total, ao vencer o concurso do triplo salto de Pequim2008, com 17,67 metros no quarto ensaio.

Parabéns Nélson!!!

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Vanessa Fernandes vence Medalha de Prata

Jogos Olimpicos - Pequim 2008


Vanessa Fernandes venceu a medalha de prata de triatlo, a primeira medalha para Portugal nos Jogos Olímpicos Pequim2008. A triatleta cortou a meta depois da australiana Emma Snowsill.


Parabéns Vanessa !!!!

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Hoje de manhã saí muito cedo

Hoje de manhã saí muito cedo,
Por ter acordado ainda mais cedo
E não ter nada que quisesse fazer...

Não sabia que caminho tomar
Mas o vento soprava forte, varria para um lado,
E segui o caminho para onde o vento me soprava nas costas.
Assim tem sido sempre a minha vida, e

Assim quero que possa ser sempre
Vou onde o vento me leva e não me
Sinto pensar.

Alberto Caeiro

Hiroshima....63 anos depois


Foi em 6 de Agosto de 1945. Cerca das 8.14 horas, vários bombardeiros B-29 da força aéra dos EUA sobrevoam Hiroshima. Um deles, o Enola Gay larga a «little boy». A primeira bomba atómica a ser usada contra alvos humanos. Um minuto depois, a cerca de dois mil pés de altitude, dá-se a explosão. Próximo do edifício do centro de exposições da industria e que hoje é designado como «a cúpula da bomba atómica». Era o centro da cidade. Num segundo, uma enorme bola de fogo atingiu um diâmetro de 280 metros. A temperatura no solo chegou aos 5 mil ºC. A 600 metros do epicentro a temperatura era de 2 mil ºC. Tudo ficou queimado. Corpos desintegraram-se. Sombras na parede. É o que restou das pessoas que foram desintegradas pela explosão. Vidros e estruturas de metal derreteram, prédios desapareceram. Mesmo a dois quilómetros de distância, desmoronaram-se edifícios de cimento armado. A onda de calor intenso emitia raios térmicos, como a radiação ultravioleta. Devastava pessoas, animais e vegetação. Houve ainda a agravante de as montanhas em volta de Hiroshima terem «devolvido» a onda de calor, atingindo mais uma vez a cidade. Um minuto depois da explosão George Marquardt tirou uma fotografia. Marquardt seguia num bombardeiro dos EUA, ao lado do Enola Gay. Segundo afirmou, a luz emanada pela bomba era tão brilhante que não conseguia ver o co-piloto, sentado ao seu lado. Deixavam para trás um cenário de devastação.

Naquela altura viviam em Hiroshima cerca de 350 mil pessoas. Estima-se que tenham morrido, na altura da explosão e nos quatro meses seguintes, 140 mil pessoas. Não apenas japoneses. Na altura, coreanos e chineses tinham sido levados para Hiroshima para trabalharem nas fábricas. Porque a explosão se deu no centro da cidade e devido à grande concentração de casas numa área de três quilómetros em volta do epicentro, cerca de 90 por cento dos prédios ficaram queimados e destruídos.

Os sobreviventes foram atingidos por radiações. Cerca de 35 mil feridos vaguearam pela cidade à procura de ajuda. No meio de cinzas, casas a arder e corpos espalhados pelo chão. No dia a seguir à explosão ainda havia focos de incêndio, apesar da queda de uma chuva preta e oleosa que continha poeira radioactiva. Esta chuva acabou por contaminar outras regiões. Quem sofreu o efeito das radiações ficou com queimaduras na pele e com alguns tecidos internos também afectados. As consequências, entre os que conseguiram sobreviver, perduraram durante longos anos. Três dias depois, esta situação repetiu-se em Nagasaki e no dia 10 de Agosto o Japão declarou a rendição. O choque provocado pela devastação causada pelas bombas atómicas perdura até aos dias de hoje. O próprio Japão assumiu uma postura contra qualquer experiência militar com recurso do nuclear e, depois da II Grande Guerra, o único conflito armado onde se envolveu foi agora, com o envio de militares para o Iraque. Hiroshima e Nagasaki, ainda hoje, sentem os efeitos das bombas. As duas cidades foram reconstruídas mas quiseram que as marcas do horror causado pelas bombas não fossem esquecidas. As memórias dos sobreviventes constituem um arquivo vivo. Monumentos, museus e memoriais continuam a lembrar o que se passou em 6 e 9 de Agosto de 1945. Todos os anos estas datas são evocadas nas duas cidades. Em Hiroshima concentram-se milhares de pessoas em frente ao mausoléu. Nas margens do rio Motoyasu são colocadas lanternas flutuantes em memória das vítimas.