Em Espanha, Juiz multado em 7.500 euros por abuso de autoridade e mau-hálito
A pena foi aplicada pelo mesmo Conselho Geral do Poder Judicial que esta semana multou em 1.500 euros o juiz que deixou em liberdade o alegado assassino da menina Mari Luz.
As mais recentes decisões do CGPJ - Conselho Geral do Poder Judicial estão a levantar polémica em Espanha. Depois da multa leve para uma "falta grave" do juiz Rafael Tirado - envolvido no caso Mari Luz -, a Comissão Disciplinar aplicou agora uma sanção de 7.500 euros ao titular do Tribunal de Talavera de la Reina (Toledo).
Desta vez, o CGPJ considerou muito mais grave o comportamento de Ángel Luís del Olmo, acusado por funcionários judiciais de abuso de autoridade e halitose (entendida como uma desconsideração para com os subordinados).
Dois pesos, duas medidas?
No primeiro caso, a Comissão Disciplinar parece ter entendido não ter sido assim tão grave o atraso na execução de uma das 600 sentenças sob a responsabilidade do juiz Rafael Tirado, ainda que essa falta tenha permitido deixar em liberdade o único suspeito da morte da menina Mari Luz.
Para o CGPJ, e a julgar pelo montante das penas aplicadas, muito pior parece ser o caso do magistrado Ángel del Olmo. De acordo com sentença da Comissão Disciplinar, a situação do Tribunal de Talavera era de "colapso devido ao comportamento do juiz". Vários funcionários meteram baixas médicas por depressão e os confrontos entre o titular e os queixosos eram frequentes.
O magistrado é acusado, ainda, de multar "injustificadamente" o secretário do Tribunal.
Tal como Rafael Tirado, o juiz Ángel Luís del Olmo nega ter cometido as infracções apontadas pela Comissão Disciplinar. E também vai recorrer da decisão do CGPJ. O magistrado de Toledo considera a sanção "totalmente desproporcionada" e alega que as provas contra si não são claras.
Ángel del Olmo recusa comparações com Tirado. "Não sou um juiz negligente. Eu trabalho, dou as minhas sentenças no prazo". Diz, também, que se apresenta no Tribunal da melhor maneira possível (minimizando as acusações de falta de higiene). E nega que tenha pronunciado frases como "a lei sou eu" e "aqui faz-se o que eu ordeno".
No primeiro caso, a Comissão Disciplinar parece ter entendido não ter sido assim tão grave o atraso na execução de uma das 600 sentenças sob a responsabilidade do juiz Rafael Tirado, ainda que essa falta tenha permitido deixar em liberdade o único suspeito da morte da menina Mari Luz.
Para o CGPJ, e a julgar pelo montante das penas aplicadas, muito pior parece ser o caso do magistrado Ángel del Olmo. De acordo com sentença da Comissão Disciplinar, a situação do Tribunal de Talavera era de "colapso devido ao comportamento do juiz". Vários funcionários meteram baixas médicas por depressão e os confrontos entre o titular e os queixosos eram frequentes.
O magistrado é acusado, ainda, de multar "injustificadamente" o secretário do Tribunal.
Tal como Rafael Tirado, o juiz Ángel Luís del Olmo nega ter cometido as infracções apontadas pela Comissão Disciplinar. E também vai recorrer da decisão do CGPJ. O magistrado de Toledo considera a sanção "totalmente desproporcionada" e alega que as provas contra si não são claras.
Ángel del Olmo recusa comparações com Tirado. "Não sou um juiz negligente. Eu trabalho, dou as minhas sentenças no prazo". Diz, também, que se apresenta no Tribunal da melhor maneira possível (minimizando as acusações de falta de higiene). E nega que tenha pronunciado frases como "a lei sou eu" e "aqui faz-se o que eu ordeno".
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